segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mulata

Então,ele saiu para comprar cigarros,foi ladeira abaixo com sua camisa verde do Guevara,Che era moda.
Ouvia nos fones uma banda com trompetes,trompete é o que há.
Chegou no bar cumprimentou quem lá estava,pegou cigarros,pagou em dinheiro e sorriu pra uma mulata gostosa da porta.
-Gostosa.
Subiu a ladeira pensando nas ancas da moça quando ouviu um estalo,assustado,virou-se.
Agora do lugar onde estava via crianças na rua se divertindo com figurinhas uma mais suja que a outra mas não havia ai um sorriso sujo,encontrou mulheres sentadas em frente suas casas a tricotar a vida alheia inclusive a dele era palta sempre de discussões.
O bar lá no fim se alvoroçava,não havia carros na rua mas,via-se as luzes da cidade,beleza que nem se photografa se recorda,a musica agora era um velho chato chamado Jonhy Cash,que não para de cantar mas o fez sorrir.
Num só instante descobriu formas,beleza,simplicidade onde só se vê cotidiano.
Sentou-se em frente de casa e passou a admirar fumando seu careta ,continuava a movimentação anormal do Bar.
A polícia desceu com sua sirene.
O bombeiro imitando a polícia.
-Foi a Mulata.
-Foi a Mulata safada.
-Piranha,porca.
-Prostituta.
Foi a mulata que fez o estrondo,um homem amante seu,não conteve ciumes sacou a arma e a matou,depois morreu.
Foi a mulata,que pena tão deliciosa,que feio morrer por amor.




Republicação dedicada a meu pai Geraldão simplesmente o homen mais lindo do mundo e suas tantas historias que me contou a minha vida inteira

2 comentários:

  1. Eco morreu por amor.
    feio é morrer como narciso, por egoísmo

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  2. Sublime amor , que me tira a vida assim . *-*

    aah amei o texto muito mesmo

    teu pai devia ser um ótimo contador de histórias pelo visto (:

    Beijos flor

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