terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dia de chuva

Aquelas paredes ja haviam visto tudo,eram do tempo de minha avó.
Tenho saudades daquela rua e daqueles móveis,o cheiro da comida no fogão a lenha,o suco de manga,as árvores de manga e das jabuticabeiras.
Era tão bonita quando jovem e hoje tem beleza na medida certa,não sei como foi eu tinha viajado,meu pai tambem não estava,tinha deixado a janela da sala aberta.
Janela aberta é sempre um convite pro amor ou pra dor,ele deve ter ficado por lá umas seis horas,fazendo o que queria,as pessoas enlouquecem e não querem estar sozinhas.
Ela ficou uns anos sem tocar meu pai,e ele não saiu do lado dela,agora ate sai na rua vai a padaria da esquina,mas tivemos que mudar de cidade e começar de novo,claro que eu não gostei mas ela é minha mãe.

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